sexta-feira, 4 de junho de 2010

Soldado abatido e desanimado.
Via-se ferido na batalha.
Preferia a morte ao sofrimento.
Conteve o choro, não quis se mostrar fraco.
A nostalgia de seu passado vem o incomodar.
Sua alma quer ser expulsa de seu corpo.
Dor sem razão quase saindo de seu peito.
Seu corpo quente se fez frio.
Olhos turvos quase sem cor.
Era dia ou noite nesse caos.
Via-se o sol ou a lua a brilhar.
Impossível conter a raiva dentro de si.
Coração a bater na ‘velocidade da luz’.
O que se ouve são “anjos” ou o silêncio que mata.
Ajoelhou-se em terra e gritou!
Estava à mercê de nada.
Adeus era a palavra em sua mente.
Já não sentia o sangue em suas veias.
Deitou-se para sentir-se mais preparado.
Ar cada vez sendo “roubado” de seus pulmões.
Qual será o destino a partir da partida?
Fechou seus olhos e os abriu devagar.
Céu azul acinzentado, algumas nuvens.
A última imagem de quem.
Não pediu para estar ali.

(Ai acordei...)

Cindy L. T.

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