segunda-feira, 28 de junho de 2010


Como pode, você errou se desfaça de tudo e vá embora!

Deixei a noite me levar andei pelas ruas, só, somente eu e o luar, as estrelas, ah e o céu se apresentou, éramos eu e a noite. Noite, linda noite me acolha em seus braços e faça com que tudo que vi anteriormente se acabe e não me perturbe mais, sim esse era o desejo a suplica de quem achou que no momento deveria, mas que no outro perdeu a razão e se viu em apuros. Tudo voltou à tona, quem era eu na noite anterior cansou-se da vida que tinha e resolveu fazer loucuras por assim dizer, uma estranha noite, vazia e escura, mas que logo talvez houvesse de ter algum sentido, não queria nada a não ser curtir a vida o momento, se ‘apegou’ com pessoas que nem imaginaria estar, fez-se de outra pessoa, não, não era eu e sim outro, deve lampejos do que havia acontecido e do que estava acontecendo, voltou um pouco a si, e quem eram aqueles que ali estavam, não os conhecia ou apenas achava que conhecia, perguntava-se do porque estar ali naquele lugar com tais pessoas. Não espere o outro está voltando tomando conta e..., já era tarde, tudo se fez escuro e vazio novamente, se ‘apegou’ com alguém, espere, tal criatura a de se conhecer parece um tanto quanto familiar, mas não, não quero, espere calma respire, na verdade talvez queira, mas que estranho voltei ao eu e... sinto algo dentro de mim algo estranho talvez nunca senti tal, tal sentimento? Poderá ser, não pode ser, sentimento, uma palavra que não há de existir em meu dicionário, mas esqueci existe no da vida, mas esta pessoa o eu conhece, como pode se fazer em então pouco... ah! noite, foi você quem armou essa para alguém que queria apenas ver a vida passando um pouco devagar, noite como pode fazer tal coisa, não queria sentir, isso tomou conta de mim, não quero, não direi essa palavra, não a quero por perto, noite tire-a daqui, mande para longe, essa palavra dói machuca quero viver sem ela, noite me tire daqui...

O sol do amanhecer de um novo dia brilhou na janela do quarto, aquilo era apenas um sonho, a noite se foi? O quarto era o mesmo, mas, não, tal criatura ‘habitava’ a cama, não era sonho tudo aconteceu mesmo, à noite e a madrugada juntas tramaram e o eu cai, como pude, o que foi que fiz? Agora com a luz do sol posso ver, ver seu rosto isso soa familiar te conhecia, mas um erro definitivo para acabar com o coração do pobre ser que não queria ter que viver a palavra, sim o medo tomou conta de tudo, estava num beco sem saída num labirinto lacrado, o que fazer em uma situação dessa? Fechar os olhos e respirar fundo talvez seja mesmo um sonho, só pode e... a criatura ainda dormia talvez tendo belos sonhos ou apenas esperando que acorde com, não, não posso, tenho que sair daqui o mais rápido possível , tenho que escapar, quem sou o eu para estar fazer, fugirei, irei ao longe onde não se conheça que tudo seja novo, mas como ficará tal criatura que ‘habita’ a cama, acho que ficara bem, foi a noite, então não deve se importar...

Saio à rua e ao erguer meus olhos o sol vai se pondo, mas não era agora a pouco era dia e... noite você outra vez, você não perde tempo, me desculpe noite hoje não é seu dia, me livrei da palavra e de todo o resto, sua cilada não vai funcionar novamente, cuide-se noite porque aqui vou deixando minha vida, serei eu em outra parte, boa noite, noite? Aqui deixo a palavra e o sentimento, deixo a dor que dói por dentro, as criaturas e os sonhos que mentem e nada tem...

Cindy L. T.

terça-feira, 22 de junho de 2010

O amor nos surpreende mesmo quando não queremos ser surpreendidos!

Ninguém é tão forte que não tenha errado e ninguém é tão fraco que não tenha tentado!

Cindy L. T.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Liliane, 20 de Maio de 1989.

Hoje me sinto só, apesar de todos que tenho conhecido. 
Olho pela janela do meu pequeno quarto, vejo crianças brincando; lembro de minha infância e como tudo era mais fácil e inocente. A manhã está fria, sinto-me cansada, estou a dias sem dormir. Lembro-me da minha mãe e como era bom a ter por perto; seus conselhos e suas carícias.

   Hoje tenho apenas para me consolar uma xícara de café e um cigarro, minhas mágoas estão todas escritas aqui, num diário velho e surrado. Minhas noites não tem sido as melhores, às vezes machuco-me e me sinto suja, sempre com a mesma meia preta e as botas de cano alto. O pouco dinheiro que ganho mal consigo viver, vivo de migalhas e carícias alheias, tudo sem amor e sem importância.

   A noite passada foi confusa. Meus cabelos em desalinho; comecei a me maquiar, passei cuidadosamente meu batom vermelho, a mesma saia plissada, o corpete gasto e as botas de cano alto. Antes de sair de casa drogo-me um pouco para agüentar mais uma noite, acendo meu cigarro e vou para o mesmo lugar de sempre, fico a espera de alguém, mas sem expectativas. Logo adiante avisto um carro que vem em minha direção, abre o vidro e conversamos. Entro no carro e trocamos olhares; sem sentimentos. Vamos para um lugar onde não há ninguém, tentei conversar um pouco, mas a única coisa que ele disse foi o seu nome... Lucas.

   Lucas aparentava ter uns 34 anos, com um olhar marcante e certo mistério, estava em busca de algo, mas não precisava estar ali naquele momento comigo. Lucas tenta uma aproximação; um sinal de beijo. Me esquivo e digo que não. Ele ficou meio sem graça, aquilo não era normal para mim. Além de deixá-lo sem graça fiquei também, pois percebo que talvez ele esteja à procura de algo além de sexo.

   Ele olhou em meus olhos e parecia que lia meus pensamentos, preferiu ir embora ao fazer algo que pudesse se arrepender. Deixou-me no lugar onde nos encontramos, quis me pagar, mas recusei... Quis sair do carro e ir embora, ele me segurou e disse para aceitar o dinheiro. Pensei por um momento e resolvi aceitar, pois tinha que sobreviver. Saí do carro. Antes dele ir embora, nossos olhos se encontraram; talvez por uma última vez. Decidi ir embora, ainda meio confusa por tudo que fiz e por tudo que tinha que acontecido. Andei pelas ruas pensando até chegar a minha casa. Subi para meu quarto, fui até o banheiro, lavei meu rosto, olhei para o espelho e fiquei aliviada. Pois por essa noite a Bett tinha acabado.


Cindy e Enrique

segunda-feira, 14 de junho de 2010


Eu vi o medo em seus olhos.
Senti o gosto do seu desprezo.
Acalentei a noite e vi tudo passar.
Mal amanheceu o dia.
Mal me quis por perto.
Pergunto-me por quê?
Você me despreza ainda mais.
Como o frio do inverno.
Tudo se fez gelado sem vida.
Qual será o fim?
Ti quero perto de mim...

Cindy L. T.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Soldado abatido e desanimado.
Via-se ferido na batalha.
Preferia a morte ao sofrimento.
Conteve o choro, não quis se mostrar fraco.
A nostalgia de seu passado vem o incomodar.
Sua alma quer ser expulsa de seu corpo.
Dor sem razão quase saindo de seu peito.
Seu corpo quente se fez frio.
Olhos turvos quase sem cor.
Era dia ou noite nesse caos.
Via-se o sol ou a lua a brilhar.
Impossível conter a raiva dentro de si.
Coração a bater na ‘velocidade da luz’.
O que se ouve são “anjos” ou o silêncio que mata.
Ajoelhou-se em terra e gritou!
Estava à mercê de nada.
Adeus era a palavra em sua mente.
Já não sentia o sangue em suas veias.
Deitou-se para sentir-se mais preparado.
Ar cada vez sendo “roubado” de seus pulmões.
Qual será o destino a partir da partida?
Fechou seus olhos e os abriu devagar.
Céu azul acinzentado, algumas nuvens.
A última imagem de quem.
Não pediu para estar ali.

(Ai acordei...)

Cindy L. T.
Corri até perde o fôlego.
Mas já era tarde demais.
A porta estava fechada.
Trancada por dentro.
Não há mais espaço.
O que se perdeu não existe preço.
Já era hora de desistir.
De seguir em frente.
Mas se pelo menos conseguisse entender.
Se prestasse atenção suficiente.
Haveria de notar.
Mal conseguiria disfarçar.
O brilho que existe, não existia em ti.
O meu consolo será à noite, o céu e as estrelas, mas...
Darei uma ultima olhada para a porta.
Talvez a de se abrir.
Quem sabe...

Cindy L. T.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Encontre-me do outro lado.
Não tenhas medo.
Cuidarei de você.
Isso é uma promessa.
Não a quebrarei.
Nem jogarei ao vento.
Preciso ouvir você dizer.
Sentir-te mais perto.
Peço apenas uma coisa:
Não machuque meu coração.
Isento-me de tudo que preciso e quero.
Apenas para ao seu lado estar.
Se estas de acordo.
Siga-me e veras.

Cindy L. T.